Você sabe qual é a importância da governança corporativa na construção civil?
A palavra governar, propriamente dita, já relembra a administração. Mas o termo não é tão simples assim. Precisamos considerar uma série de fatores no ambiente institucional para aplicá-la, especialmente no canteiro de obras.
Quando se pensa na estrutura organizacional e na gestão da empresa, tudo muda. E essas medidas são importantes, principalmente, para reduzir o custo final das obras, os processos e a entrega bem-sucedida ao cliente. Para isso, aplicar os conceitos de governança é o pontapé inicial da sua mudança.
Saiba agora quais são os princípios básicos da governança corporativa na construção civil e como as construtoras vêm reestruturando sua cultura para implementá-la.
O que é governança corporativa?
A definição de governança corporativa está relacionada a processos, costumes, políticas, leis e instituições usadas para administrar uma empresa. Mas não só isso: também diz respeito a todo o sistema de monitoramento e incentivo da instituição.
Ou seja, envolve igualmente o relacionamentos entre sócios, Conselho de Administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Por isso, podemos dizer que as partes internas envolvidas são: Conselho de Administração, executivos e demais empregados. Já a parte externa corresponde a acionistas, credores, comércio, fornecedores e clientes.
Os objetivos da governança corporativa envolvem, entre outras coisas, recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus acionistas, sempre com ênfase na eficiência econômica e no bem-estar dos envolvidos.
Conheça os 4 princípios da governança corporativa
Para ter uma boa prática de governança corporativa, é preciso respeitar os 4 princípios básicos que envolvem esse conceito. São eles que tornam a definição mais clara, e por meio deles é possível desenvolver ações para que a empresa esteja dentro da lei.
1. Transparência
Para começar, vamos mostrar um ponto que vai ser essencial para a governança corporativa na construção civil e em qualquer outro ramo: a transparência.
Nas instituições, ser transparente é deixar disponível às partes interessadas as informações que sejam de interesse delas e que sejam previstas por lei.
Mas aqui não nos referimos somente a questões econômicas e financeiras. É necessário que dados gerenciais e que dizem respeito à preservação e à otimização do valor da organização também estejam à disposição dos interessados.
2. Equidade
O segundo princípio que deve fazer parte da governança corporativa na construção civil é a equidade. Esse nada mais é do que o tratamento justo e isonômico de sócios e todas as outras partes interessadas, já citadas anteriormente.
Nenhum deve receber tratamento diferenciado e ter privilégios sobre outros. Isso vale tanto para direitos quanto para deveres, necessidades, interesses e expectativas.
3. Accountability
Já na accountability, que pode ser traduzida como prestação de contas, quem promove a governança deve prestar contas de tudo o que envolve a empresa de forma clara, concisa e compreensível a todos os envolvidos.
Portanto, os responsáveis devem atuar de forma a evitar emissões, podendo sofrer consequência de seus atos caso isso ocorra.
4. Responsabilidade corporativa
Esse é o último dos princípios. Aqui, os agentes responsáveis devem zelar por três pontos específicos: a viabilidade econômico-financeira, a redução das externalidades negativas das operações e o aumento das externalidades positivas, considerando os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental).
Além disso, essas ações devem ser consideradas em curto, médio e longo prazos.
Como funciona a governança corporativa?
Agora que você já sabe tudo sobre o conceito e princípios, vamos conversar diretamente sobre a governança corporativa na construção civil. Assim como qualquer outra instituição, a construtora tem sócios, clientes e outras partes interessadas.
Por isso, por menor que seja seu negócio, é importante estabelecer boas práticas de governança para respeitar a legislação e os regimentos.
Para entender melhor como isso funciona, é preciso estabelecer uma estrutura na sua empresa. Acompanhe um exemplo a seguir:
Estrutura de uma governança corporativa
Para pensar em uma estrutura básica de governança corporativa na construção civil, você precisa ter pessoas para representar os seguintes papéis:
- Conselho de Administração
- Conselho Fiscal
- Comitês
- Secretário do Conselho
- Auditoria Independente
- Auditoria Interna
- Ouvidoria e Corregedoria
- CEO e diretores
- Acionistas
Essa estrutura pode variar de empresa para empresa. Após preenchidos os cargos, é preciso que os gestores apresentem direitos, deveres e interesses de cada parte. Dessa forma, será possível entender como a instituição vai funcionar para além da teoria.
Passo a passo para aplicar a governança corporativa na sua construtora
Pode parecer complicado, mas uma boa governança corporativa na construção civil traz resultados incríveis à sua empresa. A intenção é que, seguindo todos os princípios e todas as regras, violações éticas não ocorram dentro da construtora.
Além disso, a governança possibilita maior autonomia às atividades e melhora a transparência das informações e a reputação da organização como um todo. Vamos descobrir agora como montar a sua:
Definir papéis e criar conselhos
Volte algumas linhas e pegue aquela estrutura que mostramos. Lá estão definidas todas as responsabilidades necessárias para estabelecer a governança corporativa na construção civil. Defina quem ocupa o que e passe à criação dos conselhos.
O Conselho de Administração, por exemplo, fica encarregado do processo de decisão da construtora em relação ao direcionamento estratégico. Os integrantes são eleitos pelos sócios.
É recomendado que esses representantes tenham perfis diversos para que haja pluralidade de ideias. Além disso, precisa ser um número ímpar para evitar casos de empate.
Ter uma gestão de riscos e controle interno
Esse é o segundo ponto da governança corporativa na construção civil. Essa parte é importante porque aqui ficam os responsáveis por identificar periodicamente os riscos que a empresa enfrenta – como problemas financeiros, operacionais, com clientes, ambientais, legais etc., qualquer perigo que possa prejudicar a construtora.
Os responsáveis devem não apenas identificar mas também avaliar todas essas questões. A resolução deve ser procurada o mais rápido possível de forma a minimizar danos. O ideal é que essa diretoria exista para agir com antecedência, mas mantendo todos informados sobre a situação.
Criar processos e padrões
Ter tudo bem organizado e com processos que funcionam é um dos requisitos mínimos para implementar a governança corporativa na construção civil. Se você não tem tudo documentado e com organização básica, fica realmente difícil para que alguém assuma alguma das funções descritas na estrutura que apresentamos.
São esses padrões que vão ajudar a definir responsabilidades, controles internos e padrões de trabalho a fim de garantir consistência e conformidade.
Definir reuniões
Com tudo estudado, documentado e organizado, é hora de colocar em prática. Com todas as funções já definidas na estrutura da governança corporativa na construção civil, é só estabelecer a periodicidade e as datas das reuniões.
Nessas reuniões, todos vão poder acompanhar o progresso da empresa e as ações já estabelecidas. É a oportunidade para, também, aplicar os princípios da governança.
Pontos de atenção na implementação da governança
Ao implementar sua governança, você pode atrair mais investidores e também aprimorar o relacionamento com seus clientes, somado à confiança que passará a quem já é sócio. É muito mais controle e cuidado com seu negócio.
Seguindo tudo direitinho, a governança corporativa na construção civil evita multas e ações judiciais. Veja abaixo alguns pontos de atenção que te ajudam na implementação do sistema sem que você cometa erros.
- Programas de compliance são importantes e estão diretamente ligados à governança
- Quem ocupa as funções na estrutura da empresa precisa saber qual é realmente seu papel. Não existe nada figurativo na governança
- Antes de começar, faça um mapeamento para que se possa entender como estão os controles da construtora
É sempre importante lembrar que as empresas que se arriscam a manter uma gestão sem governança podem ter sua imagem arranhada por desvios de conduta. E isso dificilmente passa ileso aos olhos de todos os envolvidos na instituição.
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